O Porto de Luanda está a levar a cabo, desde Fevereiro último, um estudo sobre a monitorização ambiental da qualidade da água, ar, ruído e solos nos 2.102.369,20 m2 da sua área total
O chefe do Departamento de Ambiente do Porto de Luanda, Manuel António, explicou que o principal objectivo é determinar os aspectos e impactos ambientais associados e aqueles que são significativos.
“Isto em cumprimento do requisito 3.4.8 da Norma ISO 14001:2015, que garante que o sistema de gestão ambiental de uma organização deve atender aos padrões ambientais internacionais”, explicou.
Outro aspecto importante deste estudo, acrescentou o responsável, “é permitir a Empresa Portuária de Luanda categorizar as actividades e serviços que apresentarem características comuns na determinação dos aspectos ambientais”.
Entre estes aspectos, destacam-se as emissões para a atmosfera, as descargas no meio hídrico, as descargas no solo, a utilização de matérias-primas e recursos naturais, a utilização de energia, a energia emitida (como calor, radiação, vibração, ruído, luz, entre outros), além da produção de resíduos e/ou subprodutos e a utilização de espaços.
O responsável explicou que estão a ser utilizadas duas metodologias para realizar estes estudos ― análises química cinética e química analítica. A primeira é por meio da observação e análise de amostras de ar e ruídos recolhidos por uma estação própria instalada em vários pontos do Porto de Luanda, que analisa os parâmetros do ar, da temperatura, da humidade do ar, da poluição do ar e outros elementos.
Já a segunda consiste na observação da qualidade da água e do solo, nos parâmetros de pH, alcalinidade, acidez, dureza, ferro, manganês, cloretos, nitrogênio, oxigênio dissolvido e matéria orgânica. Serão também verificadas a avaliação e a evolução temporal e espacial do nível de ruído causado pela actividade exercida, bem como os limites estipulados pela OMS para a preservação da saúde auditiva.
“A execução e condução do estudo estão a cargo da empresa especializada em Consultoria Ambiental, COMPLEMENT-Soluções e Serviços, Lda., sob a supervisão do Departamento de Ambiente do Porto de Luanda. Até ao momento, foram mapeadas e delimitadas as áreas consideradas críticas. “Realizou-se a recolha de amostras, instalou-se o sistema de gravação acústica e, agora, estamos na validação e tratamento de dados recolhidos para a elaboração do relatório trimestral, visto que a acção é anual e trimestralmente teremos um relatório de monitorização ambiental no Porto de Luanda”, explicou.
Ao nível da Administração Portuária, nunca se fez um estudo do género, embora alguns terminais os realizem periodicamente.