Colaboradores afectos a diversas unidades orgânicas da Administração do Porto de Luanda participaram, no dia 3 deste mês, no auditório Sílvio Barros Vinhas, de um workshop subordinado ao tema “A importância dos primeiros socorros para os trabalhadores”
O médico Aldair Epalanga Cristóvão, um dos prelectores, explicou que a actividade visou assinalar o Dia Internacional da Segurança e Saúde no Trabalho, comemorado a 28 de Abril, com o objectivo de dotar os participantes de noções básicas de primeiros socorros.
No workshop, segundo o especialista, os colaboradores obtiveram conhecimentos sobre as tarefas de quem presta os primeiros socorros, como agir diante de um acidente, para onde ligar após o identificar, entre outros.
“Explicamos também o que são e quais são os sinais vitais, como proceder em caso de corpo estranho, desmaios), fizemos algumas demostrações, bem como mostramos a importância dos primeiros socorros”, assinalou.
Aldair disse que os primeiros socorros são cuidados imediatos que devem ser prestados a uma pessoa, vítima de acidentes ou de mal súbito, cujo estado físico põe em perigo a sua vida.
“Isto serve para manter as funções vitais e evitar o agravamento das suas condições, aplicando medidas e procedimentos até a chegada de assistência qualificada”, referiu.
Em caso de um acidente, destacou que o primeiro passo é ter calma e firmeza para usar os conhecimentos básicos de primeiros socorros, mas respeitando as suas limitações.
“Observe o local do acidente, verifique a sua segurança e das demais pessoas, mas não se torne mais uma vítima. Deve-se pedir socorro especializado, informando o local do acidente, a situação da vítima e, em seguida, ligar para a família dela”, esclareceu.
Feito isto, referiu que se deve tranquilizar a vítima, executando apenas o procedimento que souber fazer com segurança, para evitar maiores complicações no estado da vítima.
“Evite remover a vítima e faça-o apenas com recurso a transporte, em último caso. Aguarde no local o socorro especializado. Tome cuidado com atitudes incorrectas e precipitadas, pois isso pode agravar a situação. Monitore sempre os sinais vitais até a chegada do socorro”, apelou.
Relativamente aos sinais vitais — pulsação, respiração, temperatura e consciência —, sublinhou que eles informam sobre o estado de um ser, refletcindo o estado fisiológico actual do mesmo.
“Em relação à pulsação, pode-se mensurá-lo com mais facilidade no pulso ou na carótida (artéria do pescoço), utilizando os dedos médios e o indicador para os pressionar”, disse.
Quanto à respiração, frisou que durante este processo é necessário
Certificar-se de que a pessoa socorrida respira normalmente, conservando a boca aberta.
“Durante 10 segundos, veja os movimentos do peito; ouça a respiração pela boca e pelo nariz e sinta o ar expirado pela vítima”, referiu.
Sobre a temperatura, disse que a normal varia entre 36° e 37,2°, podendo ser notada com o tacto quando a pele está muito fria ou muito quente e observar se a pele fica pálida ou arroxeada.
“A consciência [por sua vez] pode ser observada quando a vítima responde a perguntas directas com clareza e lógica”, concluiu.